Acabo de assistir a uma discussão excelente. Um biólogo (esqueci de guardar o nome) discutiu a respeito da ética hoje, no programa Invenção do Contemporêneo (toda segunda à 00:00h, na TV Cultura).
Ele colocou um ponto interessante que é o fato de a ética estar em transformação, pois à medida que a ciÊncia evolui e traz novas descobertas, a ética tem de lidar com novos fatos. Como exemplo existe o caso do início da vida, citado pelo biólogo.
Em 1500 a vida iniciava com a primeira respiração e terminava com a última, isto para a Igreja. Com as descobertas científicas, soube-se que a vida começava quando o esparmatizóide se fundia com o óvulo e mais tarde descobriu-se que a vida terminava quando o coração parava de bater. Estas descobertas tiveram efeito enorme sobre a ética, pois modificou-se a noção que as pessoas tinham de vida. Modificou inclusive os dogmas da Igreja.
Por ironia, hoje a ciência luta contra algo que ela causou no passado, que é tentar estabelecer o início da vida não com a fecundação, mas com o início da formação do cérebro e no sistema nervoso no feto.
O que interessa não é o que seja ética, mas quando é possível aplicá-la. Não há uma base sólida que possibilita uma tomada de decisão unânime. As concepções de um divergem de uma pessoa para outra e aí a questão ética falha.
A discussão foi realmente válida e tocou inclusive na questão da transformação da natureza pelas mãos do homem. No século XX o homem conseguiu transformar a matéria inanimada a seu bel prazer e não há questões éticas que envolvam o derretimento de ferro, por exemplo. Mas quando a discussão é sobre a manipulação de outro ser vivo a questão ética entra em jogo e tudo se torna mais complexo, ainda que em termos práticos ambas as formas de manipilação não fazem nada elém de trasformar a natureza para servir aos interesses do ser humano.
A intenção aqui foi apenas dar um "resumo" do que foi falado hoej no programa. E para quem ainda não conhece, recomendo.
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