Se ligo a TV ou abro uma revista o mesmo tema surge: 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para mim é apenas um papel e sua existência ou não é incapaz de mudar a forma como governos infringem as leis da ética e do bom senso (e convenhamos, os Direitos Humanos nada mais são que a materialização dos princípios éticos).
Apesar de não garantir nada, sua existência é capaz de sensibilizar alguns e por isso pode transformar-se em arma poderosa para fazer pressão quando alguém decide desrespeitar os Direitos Humanos. Mas só há resultado quando há manifestação contrária à atitude de alguém que infringiu o que está escrito neste papel. Sua simples existência não implica que todo homem irá seguí-lo como se fossem as sagradas escrituras (alguém segue estas?).
A solução? Para mim é muito simples. Se há sessenta anos tivessem se sentado e escrito os Deveres Humanos em lugar dos direitos, talvez a coisa hoje fosse diferente. Por analogia é como na votação (aproveitando o momento oportuno): ao chegar a época todos falam em democracia e direito ao voto, mas sabem porque votam no dia da eleição? Porque é obrigatório. Não é porque têm esse direito.
Se tivessemos os Deveres Humanos, todos seriam obrigados a cumprí-los e quem não o fizesse teria que justificar e/ou ser punido. E digo mais: Além de mudar o título do documento, pouca coisa teria de ser mudada. E claro, acrescentada a seção de punições.
Este texto foi originalmente publicado no blog O Lutador (10/08/08), mas resolvi movê-lo para cá por achar que ele não cabia muito bem lá, pois nele (o blog) pretendo dar ênfase à literatura.
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